A Nossa História
Uma história de persistência que moldou a nossa cultura, valores e tradições.
Vittoria de Jesus, a iniciativa.
A história da Casa do Menino Deus remonta ao século XVIII (1733) e tem a sua origem na iniciativa de Vittoria de Jesus, uma escrava negra comprada aos 20 anos de idade por um comerciante da Villa de Barcelos, Bento Ferreira Gomes, conhecido como “O Bogalho”, que tinha loja de mercearia na rua Direita. Muito piedosa e levada por grande devoção ao Menino Jesus, mandou fazer uma imagem que colocara em nicho na própria loja onde trabalhava.
A devoção ao Menino Jesus rapidamente se espalhou. As pessoas agradecidas pelos milagres recebidos eram generosas em ofertas monetárias à imagem aí venerada. Em maio de 1721 Vittoria de Jesus requer ao Arcebispo de Braga a construção de uma capela para guardar a imagem do Menino Deus. Entretanto, a escrava Vittoria resolveu levar mais longe o seu pensamento desejando edificar, não só uma capela, mas uma Igreja e um Convento.
A persistência da jovem escrava.
A jovem escrava, de uma persistência extraordinária, esperou longos anos pela autorização do Arcebispo e depois de iniciada a construção, viu todos os seus pedreiros (como em todo o reino) obrigados a ir construir o Convento de Mafra.
O que parecia inalcançável para qualquer um, não o foi para a escrava. Deslocou-se a Lisboa para pedir ao rei que a deixasse regressar com os seus trabalhadores a Barcelos. Conseguiu ser recebida durante duas horas pela rainha D. Mariana, arquiduquesa de Áustria, que conseguiu do rei autorização para os pedreiros regressassem à construção em Barcelos
Não se tratava de um convento propriamente dito. O Recolhimento do Menino Deus era uma clausura que preservava as jovens dos perigos do mundo e, enquanto lá estavam, permitia que levassem uma vida de oração e penitência, em honra do Menino Deus, cuja imagem guardavam.
Esta extraordinária jovem escrava negra faleceu em Abade do Neiva em 12 de setembro de 1735.
A identidade.
A Casa do Menino recolhe na sua identidade um passado extraordinário. Este começou em 1733 com o Recolhimento das Escravas do Menino Deus, no qual senhoras em clausura, oração e penitência em honra do Menino Deus, de cuja imagem eram cuidadoras.
A partir de 1834, embora não fosse um convento de religiosas no seu rigor do termo, ficou impedido pelas autoridades de receber novas candidatas e em 1893 as autoridades locais reconverteram a obra numa instituição de caráter social a favor de crianças e jovens com a denominação de Recolhimento e Asylo da Infância Desvalida do Menino Deus, passando a integrar um internato de meninas.
Em 1928 esta instituição foi entregue em uso e administração da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco (VOTSF) passando a designar-se até hoje Casa do Menino Deus (CMD). No ano seguinte a VOTSF solicitou às Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria (IFMM) que assumissem a direção interna da CMD, o que sucedeu até 2012, data em que a pedido das IFMM, a gestão interna foi devolvida à VOTSF.
O projeto.
A CMD tem na sua matriz fundacional e na sua história Jesus, o Menino Deus, e os serviços na proteção às crianças e jovens mais indefesos e à educação na Infância. O desenvolvimento do processo educacional assenta em princípios humanos-cristãos.
Os valores da Justiça, da Verdade, do Amor a Deus ao próximo, à família, aos colegas, à mãe natureza, do Respeito pelas diferenças e pelos que são diferentes sustentam o nosso presente.
O projeto é assumidamente católico (tendo como fontes e exemplos Jesus Cristo e S. Francisco de Assis), no qual a informação, a formação e momentos religiosos fazem parte do Projeto Educativo.
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